ANO 1.3

Foi mais ou menos assim: era manhã de 01 de janeiro de 2013, por volta das 09:00 eu dormia no colchão do chão, minha prima na cama ao lado esquerdo e o namorado dela na cama ao lado direito. Este ultimo, assustadoramente começou a roncar - um roco devastador parecido com o terremoto que arrasou o Haiti - subitamente minha prima levanta, pega a almofada mais próxima e esquivamente atinge a face do roncador e em seguida dispara afirmações: - Fulano desse jeito ninguém consegue dormir! Atordoado com a pressão do impacto, o atingido volta ao sono com uma missão - Ronco Zero.

Voltando no tempo eventos paralelos ocorriam. Tais fatos aumentaram com o inicio do novo ano, 2013 naquele momento deixou a  personalidade de alguns  irresistivelmente escrupulosa. Embalados pelos sons do momento - Gangnam  Style, Camaro Amarelo e outras composições apodrecidas - contorciam os corpos em movimentos epilépticos e gritavam como macacas no cio! 

Curioso foi o momento The Walking Dead  do meu primo. Ele mal conseguia ficar em pé e os seus olhos, meu deus o que era aquilo, seus olhos, ficavam entreabertos pedindo por cérebro! Em outro momento o condenado sentiu vontade de defecar e paulatinamente pegou minha toalha e foi fazer o serviço. Na devolução, joguei minha toalha no cesto de roupa suja; não seria tolo de me enxugar futuramente numa toalha recheada com merda zumbi! 

Nesse ano alertei-me sobre vômitos:  - Quem vomitar vai limpar com a língua! A cena aconteceu, mas infelizmente eu não estava presente para providenciar a limpeza. Mamãe disse que o individuo simplesmente vomitou todo o banheiro, começando pela porta. Não gostei disso! Também, vale notar, nunca tinha visto tantos carnívoros reunidos; o resultado não poderia ter sido outro. ENGOV ! 

P.S: Perdi o encanto de escrever no blog, essa é a ultima postagem!   

ENEM - Exame Nacional dos Esquizofrênicos Médios

Tudo pode ser esperado pelo Enem. Desde atrasos até parto no banheiro. Um verdadeiro caldo de esquisitices! De praxe minhas duas primas-irmãs,  meu irmão  e eu ficamos na mesma escola, já minha tia ficou numa escola diferente. Fomos no flamejante verdinho do meu tio, um carro todo verde o qual a marca e o modelo não me recordo agora. Saímos faltando 50 minutos para o inicio do exame e o pior, ainda iriamos procurar a escola da tia! Discursos tensos jogados ao vento ferveram o cérebro da candidata geriátrica que chegou no local de prova bastante "motivada". Seguimos para  o nosso destino: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA, Campus Timon. Localizado no extremo da zona urbana, num ambiente de paisagem duvidosa. Alguns diziam que ali era o lixão, outros entoavam local de desova, zona rural. O prédio ainda está em fase de construção, por enquanto a cerca de arame farpado e a cancela fazem respectivamente o papel do servidor terceirizado, enquanto o efetivo não chega. Direcionamos para sala de aplicação desejando boa prova para ambos, aguardando o inicio do exame. Começa o teste e em menos de dez minutos os dois ventiladores de coluna não refrigeravam a enorme sala de metros quadrados, causando uma massacrante transpiração na minha prima. Esta por sinal já tinha bebido toda água da sua garrafinha de 125 ml, o que demandava para o fiscal a árdua função de encher a garrafa d'água. Menina exigente e sertaneja, mandara o pobre fazer a função mais de três vezes! Aposto que numa oportunidade vingativa o fiscal cuspiu na água dela, e quer saber, estou é por muito do satisfeito. Esse foi o primeiro dia. Já no segundo, o que me chamou mais a atenção foi a solidariedade da minha tia. Ela levara 2 litros de água para dividir com seus colegas, isso que é exemplo de santidade. Outro fato curioso foi a hora do cochilo da minha prima, ela simplesmente dormiu, sendo acordada por um chute da sua irmã que estava sentada atrás dela. Essa por sinal parecia estar com "Diabetes melito".
Boas médias para todos!
  

Cheia

E eu questionando sua virgindade! Posso afirmar fidedignamente que foi o "furo" do ano. Como disse no post passado: O destino não é previsível [...]. Fiquei estagnado quando soube da boa nova, ela sempre pareceu ingênua. Santinha do pau-oco? A vizinhança está em polvorosa, um prato cheio para as conversas baixas e olhares "discretos". 

A filha da fofoca

Com estatura mediana, cabelo tosado por um machado, pele morena, levemente acima do peso, humilde, atenciosa e as vezes feroz. Será que ela é virgem? Melhor esquecermos esse detalhe. Mas e se ela for? Então é melhor que ela quebre esse sangrento detalhe e logo! Analfabeta por opção - segundo a mãe, prefere servir no ambiente doméstico, servir o cordial analfabetismo. Ao anoitecer, adora colocar a linda cadeira branca de plástico no terraço e sobre o céu estrelado escaldante observa o fluxo social da vizinhança. Será que herdara o dom bisbilhoteiro da mãe? Será que terá um futuro de escravidão na casa das irmãs? É comum  ouvirmos que o nosso destino já está traçado. Por favor! O destino não é previsível, não se pode fazer seu download  em vários formatos e simplesmente com um clique abrir. O destino é uma grande escrita volátil, escrita de diversas maneiras! Você é o escritor e no final de tudo a senhora Morte com sua enorme capa preta e foice reluzente tem a participação especial de escrever o ponto final. Enquanto o ponto final não chega, até que a filha da fofoqueira poderia mudar seu destino!

O Pequeno G

Alguém se lembra daquele pequeno garotinho que corria nas ruas liberando sua doce inocência infantil? Ninguém lembra? Que decepção! Talvez o constrangimento tenha esmagado a lembrança ou o lado negro da força aguça-nos a observar o puro maleficio que aquele ser tornara. Pare de ler. Agora, olhe para o seu dedo indicador. Viu? Adoramos julgar o viciado que agora desesperadamente alimenta sua insatisfação com pequenos furtos. Tranquem suas portas vizinhança, protejam seus quintais. O refém das drogas está a solta, alimentando o que nunca lhe satisfaz. Para os tradicionais: uma boa sova basta. Para os cristãos: só o senhor Jesus Cristo. Lamento informar meus caros, mas nessa guerra só a vítima se salva!

TORTAS, OVOS E CACHAÇA - FINAL

Como dizia anteriormente,  a brincadeirinha de quebrar o ovo do coelho gerou um momento tenso entre membros da família! Acreditava-se que alguns participantes estavam vendo o ovo, que a venda nos olhos não estava bem colocada. Entrou-se em discussão por causa disso e foi o maior bafafá. 

"Senhoras e senhores eis o ganhador,  um menino tipicamente boimortense!" Pronto acabou-se a dúvida. No resto da madrugada, todos foram dormir, pois no Domingo de Páscoa voltamos para a Civilização timonense!

TORTAS, OVOS E CACHAÇA - PARTE 4

Sábado, 07 de abril de 2012. Dia de noite mal dormida para uns e de ressaca para outros, alem dos comentários da calorosa estreia de UFC - À Procura de Confusões. Na manhã houve concentração na praça central, para uma disputa empolgante e apostada de futebol. Os vistantes contra os da casa! A familia torcia, gritava, peidava. O time da familia ganhara por 5 a 3, o preço da aposta: não passava de 20 reais (ato dos indignados). Ouvi a promessa de uma torcida organizada para o próximo ano, com patrocinio exclusivo da Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de Timon. Mais tarde minha tia montou sua baraquinha de produtos pascoalinos, ela vendeu bem, encheu a barriguinha do coelho. Durante a noite, ela organizou uma brincadeira, onde tinhamos que vendar os olhos, procurar o ovo de chocolate e quebra-lo. Ganhava quem fizesse o feito. Brincaram desde crianca a adulto, coisa tão tosca que chegava a ser engraçado e advinhem, como de costume isso gerou uma leve tensão familiar! Continua...

TORTAS, OVOS E CACHAÇA – PARTE 3

Sexta-feira, 6 de abril de 2012. A noite chega e no bar próximo, numa roda de bebedeiras, cantigas masoquistas eram entoadas. Madrugada adentro, algo inédito aconteceu! Cunhados se estranharam e estrearam o UFC Boi Morto – À procura de confusões. Xingamentos, tapas, cadeiras quebradas, camisa rasgada e choro descontrolado de insatisfação, fizeram parte da calorosa estreia. Ainda na madrugada quase ocorre uma fatalidade. Meu maldito primo por pouco urina na minha mãe! Mamãe pensava que ele estava vomitando, mas quando despertou melhor, ela percebeu a minhoquinha do bêbado sonambulo e esquivando-se gritou desesperada: – Chega ele ta é mijando! E Assim, com essa frase divina, terminara a Sexta e doce feira da paixão.

TORTAS, OVOS E CACHAÇA - PARTE 2

Sexta-feira, 6 de abril de 2012. O dia em que o restante da família chegara para celebrar a respeitosa sexta- feira da paixão. Pela manhã ouvimos o som da buzina de um carro, era o meu tio trazendo um presente de grego. Ele trazia consigo a minha irmã, que por sinal estava levemente alterada pelo álcool. Como essa menina perturbava! Nunca tinha ouvido ela conjugar tantas vezes o verbo amar. Ela amava todo mundo, até o amor ela amava. Os jovens da  família e amigos começaram cedo, se dirigiram para a praça central, debaixo do grandioso pé de faveira e beberam as bebidas mais sagradas possíveis, ao som de uma banda que tocava na seresta de um bar vizinho. Engraçado era a vocalista, linda, loira e irritante acusticamente cantando. Os recém chegados, ainda tiveram disposição para jogo de futebol e brincadeiras tipicamente infantis. Dentro da minha sã cabeça, vira a cena de crianças interioranas do buchão com nariz escorrendo de catarro! Tipico! A noite chega e o que acotece nela estará na próxima postagem. Aguarde seu curioso!

TORTAS, OVOS E CACHAÇA - PARTE 1

Avenida dos Fofoqueiros

É Perceptivel que boa parte dos meus relatos tem sempre como cenário o Boi morto. Estou começando a acreditar que o destino queira revelar algo, mas enquanto não vejo a revelação vou descrevendo os fatos ocorridos.

Quinta - feira, 5 de abril de 2012. Chego no interior mais badalado de Timon para passar a nobre semana santa, grande evento movido pelos irmãos cristianismo e capitalismo. Esse ano a família ficou dividida. Uma parte ficou na zona periférica, localizada na Avenida dos Fofoqueiros, já a outra parte na Avenida Irmãos Fingidos, principal avenida do Boi morto. E a quinta - feira santa foi assim, de acomodações, bem tranquila comparado ao dias que sucederam.